Dizer o que pensa, pensar o que canta, cantar a vida em todas as sua nuances. Essa é a proposta da galera da banda Beatrix, que une letras fortes, arranjos arrojados e muita, muita personalidade.
Em suas canções cheias de ideologia, a banda fala das dores, incertezas e buscas próprias da juventude e resgatam a beleza e a alegria perdidas por uma sociedade aprisionada pela ansiedade do ter.
Confira abaixo a entrevista que eles deram ao site Maah music.
MM: Contem como foi que vocês se conheceram e surgiu a banda?
Beatrix: Nós que agradecemos o convite =). Bom, a princípio cada um se mudou para Cachoeira Paulista por motivos diferentes, enquanto o Bruno já morava lá, como tudo em Cachoeira é interligado, acabamos nos conhecendo, e nas idas e vindas de Deus, a banda, que era um desejo do Bruno, acabou florescendo.
MM: Eu sou fã da banda e tenho certeza que outras pessoas também têm essa curiosidade. Porque o nome Beatrix?
Beatrix: Beatrix vem do latim que significa ‘aquele que leva alegria’ era um nome que soava agradável, e também depois viemos a conhecer uma santa, de mesmo nome, que tem uma história muito bonita de beleza interior que concilia muito bem com a nossa linguagem.
MM: Quais são as principais influencias da banda?
Beatrix: Cada um tem suas influências pessoais que no fim acabam agregando no estilo próprio da banda, mas gostamos muito de algumas bandas europeias como Muse, Radiohead; Muita coisa influência a Beatrix, tentamos sempre abranger nossa linguagem como banda nas diversas manifestações de arte que acabam influenciando no que nós dizemos na nossa identidade visual num geral.
MM:Pergunta para os homens da banda: Como é ter uma banda, onde a vocalista é mulher? No inicio da banda surgiu algum tipo de preconceito?
Beatrix: É uma experiência muito boa, sempre nos demos bem, até mesmo no período do começo quando a antiga vocalista, Aura, era a segunda mulher na banda; é sempre um desafio viver em grupo por muito tempo, e cada indivíduo tem sua peculiaridade é gostoso saber lidar e aprender melhor sobre as limitações e valores do próximo, e no caso da Lize não é diferente, acabamos aprendendo os espaços que ela precisa e vice-versa, é uma relação muito saudável.
MM:.Pergunta para a única mulher da banda e de voz linda: Como é ter uma banda só de homens? Tem muita briga? Quem demora mais para se arrumar você ou eles?
Beatrix: Na verdade eu não penso muito nisso, somos amigos acima de tudo, independente de sermos mulheres ou homens, não vejo diferenças muito gritantes, o lance é que a gente se ama e quer fazer algo junto e por isso dá certo. Sobre brigas, eu realmente não me lembro da última vez que a gente brigou, acho que isso é muito raro... O que rola são discussões, normais, como discordâncias ideológicas e de opinião, mas todos se respeitam. Bom, acreditem se quiserem: eles demoram mais pra se arrumar que eu!
Sou bem prática! E geralmente quando ficamos em hotel nos shows eles dividem o quarto, eu fico sozinha, aí acho que é mais fácil também!
MM: Vocês sempre trabalharam com música ou foi apenas quando surgiu a oportunidade de fazer a banda Beatrix?
Beatrix: Cada um tem uma história de caminhada na musica desde bem antes da banda, tocávamos tanto na igreja quanto nas cidades onde morávamos, o Bruno já tem uma caminhada no meio, a Lize já tocava desde pequena, não foi uma coisa nova pra gente, exceto o fato de trabalhar com um gênero específico e desenvolver nossa própria sonoridade e os percalços de se ter uma banda, já tínhamos sim um flerte com a música.
MM: Acho que todas as bandas tiveram um momento difícil. Conte, qual foi o momento mais complicando da carreira da banda Beatrix?
Beatrix: Acredito que o momento mais delicado pra banda foi à fase de reestruturação após a escolha de sair da antiga vocalista, a Aura, não tivemos nenhum problema de relacionamento no caso, a saída dela foi bem amigável somos amigos até hoje, mas o processo de renovação foi pra nós um momento de muito crescimento, aprendemos bastante sobre nós mesmos, como cristãos e como músicos, e fizemos dessa experiência nossa própria matéria prima de trabalho, Deus realmente trabalhar de forma misteriosa.
MM: Qual é a relação dos fãs com a banda? Vocês acham que banda sem fã tem futuro?
Capa do CD lugar comum |
Beatrix: Nossa relação em particular é muito aberta, gostamos de nos comunicar muito com o pessoal que curte o nosso som, desde o começo, a internet possibilita muito essa comunicação mais próxima; nós brincamos que temos mais amigos do que fãs. Acredito que essa relação fã/ídolo hoje precisa ser explorada de uma maneira mais aprofundada, é gratificante ver que as suas expressões artísticas estão sendo compreendidas, é muito bonito ver as diferentes formas que a sua música manifesta no entendimento da galera, às vezes você vê facetas que não havia pensando em relação a sua música.
MM: A entrevista tá quase acabado. Mas, conte como foi a gravação desse novo CD de vocês?
Beatrix: Foi sensacional, crescemos muito em todas as partes desse CD; ele veio no meio do processo de renovação da banda, é um disco muito pessoal diz muito sobre as nossas dúvidas, nossos esclarecimentos, nossa busca diária e nossas dificuldades, ficou um trabalho bem sincero e a gente ficou muito feliz com o resultado.
MM: Qual recado vocês deixam para os fãs da banda ?
Beatrix: O recado que fica para os fãs é: estamos juntos, quanto mais juntos estivermos mais longe iremos, é da unidade que precisamos.
Pra quem se interessou segue o video da música "Mentira de mentira".
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