Também conhecida como "Virgem da Paixão". "a Madona de ouro", "a Mãe dos Missionários redentoristas", "a Mãe dos lares católicos, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título dado a Virgem Maria, associada a um ícone bizantino com o mesmo nome, do século 13 ou 14, mas talvez do século 15. O ícone tem estado em Roma pelo menos desde o século 15. Na Igreja Ortodoxa esta iconografia é conhecida como a Theotokos da Paixão.
Segundo uma antiga inscrição colocada ao lado do ícone com um resumo histórico da imagem, a origem deste quadro é da Ilha de Creta, no Mar Egeu. Um mercador roubou o ícone de uma igreja, o escondeu na sua bagagem e embarcou rumo a outras terras. Durante a viagem acontece uma grande tempestade e os passageiros começam a rezar a Deus e a Nossa Senhora. Conta a lenda que o mar se acalmou e a viagem continuou tranquila até o próximo porto.
Pouco depois, por volta do ano de 1499, no reinado do Papa espanhol Alejandro VI, o mercador chega a Roma com o quadro. Porem ele contraiu uma doença incurável. Estando para morrer, revelou o segredo do quadro a um amigo pediu-lhe o devolvesse a uma igreja. Este prometeu realizar o seu desejo mas, por causa da sua esposa, não quis desfazer-se de um tão belo tesouro. Assim também morreu sem ter cumprido a promessa.
Então a Santíssima Virgem apareceu a uma menina de seis anos, filha desta família romana, e mandou-lhe dizer à mãe e à avó que o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro devia ser colocado na Igreja de São Mateus Apóstolo, um templo menor entre as grandes basílicas de São João de Latrão e Santa Maria Maior.
Diz a tradição que, após muitas dúvidas e dificuldades, "a mãe obedeceu e, tendo procurado o sacerdote encarregado da igreja. Assim no dia 27 de março de 1499, o ícone passa a ocupar um lugar destacado na igreja de São Mateus , administrada pelos Agostinianos. Ali permanece a imagem do Perpétuo Socorro durante aproximadamente 300 anos. Os escritores da época falam maravilhas desta devoção mariana: é a imagem milagrosa por excelência. O século XVII parece ser o mais intenso na devoção e culto a mãe do Perpétuo Socorro
Mas em fevereiro de 1798, com a invasão de Napoleão, suas tropas se apoderam da Itália e em Roma demolem mais de trinta igrejas da cidade, entre elas a antiga São Mateus. Os religiosos Agostinianos salvam o quadro milagroso e o levam consigo. Contudo, o ícone cai em esquecimento por mais de 88 anos.
Somente em 1855, quando os Redentoristas compram uns terrenos ao lado da Via Merulana, e bem perto de Santa Maria Maior, onde estava erguida a igreja de São Mateus, através do Pe. Miguel Marchi, descobriu-se o paradeiro do ícone de Nossa Senhora. No dia 11 de dezembro de 1865, os filhos de Santo Alfonso Maria de Ligorio, o grande cantor das Glórias de Maria, solicitam ao Santo Padre a concessão do Perpétuo Socorro. E em 19 de janeiro de 1866 a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro volta para a igreja de Santo Alfonso, no mesmo local onde havia estado três séculos.
Restaurada, ocupa o centro do altar-mor da igreja de Santo Alfonso e sua devoção e influência se estende aos cinco continentes. Centenas de milhares de ícones do Perpétuo Socorro se espalham pelas igrejas, casas e capelas do mundo inteiro. Seus melhores propagadores são os missionários redentoristas e as missões populares. Com eles Maria chegará a todas as partes abrindo caminhos para o Redentor. Ela é a primeira missionária.
Assim se cumpre aquela frase de Pio IX aos Redentoristas na audiência ao Superior Geral Pe. Mauron em 11 de dezembro de 1865: "Dada a conhecer a todo o mundo".
A Virgem do Perpétuo Socorro é hoje cidadã do mundo. Grandes santuários a celebram permanentemente com grande afluência de peregrinos, como o de Baclaran (Filipinas), Belém (Brasil), Bombaim (Índia), Singapura, etc. Catedrais, paróquias e igrejas a têm como padroeira. Numerosas editoras, livros, revistas, emissoras de rádio mantêm e propagam sua devoção. Maria é e sempre será Perpétuo Socorro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Digite aqui seu comentario