quinta-feira, 27 de junho de 2013

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Também conhecida como "Virgem da Paixão". "a Madona de ouro", "a Mãe dos Missionários redentoristas", "a Mãe dos lares católicos, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título dado a Virgem Maria, associada a um ícone bizantino com o mesmo nome, do século 13 ou 14, mas talvez do século 15. O ícone tem estado em Roma pelo menos desde o século 15. Na Igreja Ortodoxa esta iconografia é conhecida como a Theotokos da Paixão.

Segundo uma antiga inscrição colocada ao lado do ícone com um resumo histórico da imagem, a origem deste quadro é da Ilha de Creta, no Mar Egeu. Um mercador roubou o ícone de uma igreja, o escondeu na sua bagagem e embarcou rumo a outras terras. Durante a viagem acontece uma grande tempestade e os passageiros começam a rezar a Deus e a Nossa Senhora. Conta a lenda que o mar se acalmou e a viagem continuou tranquila até o próximo porto.

Pouco depois, por volta do ano de 1499, no reinado do Papa espanhol Alejandro VI, o mercador chega a Roma com o quadro. Porem ele contraiu uma doença incurável. Estando para morrer, revelou o segredo do quadro a um amigo pediu-lhe o devolvesse a uma igreja. Este prometeu realizar o seu desejo mas, por causa da sua esposa, não quis desfazer-se de um tão belo tesouro. Assim também morreu sem ter cumprido a promessa.

Então a Santíssima Virgem apareceu a uma menina de seis anos, filha desta família romana, e mandou-lhe dizer à mãe e à avó que o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro devia ser colocado na Igreja de São Mateus Apóstolo, um templo menor entre as grandes basílicas de São João de Latrão e Santa Maria Maior.

Diz a tradição que, após muitas dúvidas e dificuldades, "a mãe obedeceu e, tendo procurado o sacerdote encarregado da igreja. Assim no dia 27 de março de 1499, o ícone passa a ocupar um lugar destacado na igreja de São Mateus , administrada pelos Agostinianos. Ali permanece a imagem do Perpétuo Socorro durante aproximadamente 300 anos. Os escritores da época falam maravilhas desta devoção mariana: é a imagem milagrosa por excelência. O século XVII parece ser o mais intenso na devoção e culto a mãe do Perpétuo Socorro

Mas em fevereiro de 1798, com a invasão de Napoleão, suas tropas se apoderam da Itália e em Roma demolem mais de trinta igrejas da cidade, entre elas a antiga São Mateus. Os religiosos Agostinianos salvam o quadro milagroso e o levam consigo. Contudo, o ícone cai em esquecimento por mais de 88 anos.

Somente em 1855, quando os Redentoristas compram uns terrenos ao lado da Via Merulana, e bem perto de Santa Maria Maior, onde estava erguida a igreja de São Mateus, através do Pe. Miguel Marchi, descobriu-se o paradeiro do ícone de Nossa Senhora. No dia 11 de dezembro de 1865, os filhos de Santo Alfonso Maria de Ligorio, o grande cantor das Glórias de Maria, solicitam ao Santo Padre a concessão do Perpétuo Socorro. E em 19 de janeiro de 1866 a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro volta para a igreja de Santo Alfonso, no mesmo local onde havia estado três séculos.

Restaurada, ocupa o centro do altar-mor da igreja de Santo Alfonso e sua devoção e influência se estende aos cinco continentes. Centenas de milhares de ícones do Perpétuo Socorro se espalham pelas igrejas, casas e capelas do mundo inteiro. Seus melhores propagadores são os missionários redentoristas e as missões populares. Com eles Maria chegará a todas as partes abrindo caminhos para o Redentor. Ela é a primeira missionária.

Assim se cumpre aquela frase de Pio IX aos Redentoristas na audiência ao Superior Geral Pe. Mauron em 11 de dezembro de 1865: "Dada a conhecer a todo o mundo".

A Virgem do Perpétuo Socorro é hoje cidadã do mundo. Grandes santuários a celebram permanentemente com grande afluência de peregrinos, como o de Baclaran (Filipinas), Belém (Brasil), Bombaim (Índia), Singapura, etc. Catedrais, paróquias e igrejas a têm como padroeira. Numerosas editoras, livros, revistas, emissoras de rádio mantêm e propagam sua devoção. Maria é e sempre será Perpétuo Socorro.


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