domingo, 5 de maio de 2013

Quem me ama obedecerá a minha palavra, e meu Pai o amará

No evangelho deste domingo, Jesus nos fala novamente do amor: “Quem me ama obedecerá a minha palavra, e meu Pai o amará.”, reforçando mais uma vez a importância do verdadeiro amor já descrito no Evangelho da semana passada (Jo 13,31-35), porém agora, destaca a necessidade da ação da obediência por parte de seus seguidores às palavras proferidas por Ele e que vêm do Pai.

Esta passagem tem intenção de testamento-herança: Este é o momento em que Jesus se despede de seus seguidores, mas não os deixa sozinhos na missão, pois o Pai lhes enviará Seu Espírito Santo, para lhes amparar, orientar e fortalecer. Os discípulos não compreendem de imediato a presença do Espírito Santo, e sentem-se abandonados, uma vez que Jesus não está mais presente fisicamente junto a eles. Esta presença física de Jesus é substituída pela espiritual, interior, prometida a todos que O amam. Por esta razão, nos primeiros anos do cristianismo, os seguidores de Jesus ficaram aguardando Sua volta, e só aos poucos compreenderam que a nova criação havia começado na comunhão do amor fraterno de Cristo com a humanidade, compreensão esta que só é possível com a presença do Espírito Santo.

Jesus deixa seu Espírito Santo, para auxiliar e defender Seu povo. Ele é a presença de Jesus sempre viva junto à comunidade, ajudando-a a compreender o sentido das ações e das mensagens que quer transmitir com elas, para assegurar ao Seu povo, através dos tempos, a verdadeira libertação. A função do Espirito na caminhada da comunidade é lembrar e ajudar a interpretar a palavra de Jesus à luz de sua morte e ressurreição.

No momento de sua morte, Jesus deixa como herança a Sua Paz. É difícil compreender este desprendimento de falar de paz e alegria num momento de dor e aflição e, só à luz do Espírito Santo esta mensagem pode ser compreendida, vendo a morte não como o fim, mas como o começo de uma nova vida; e a paz por Ele deixada, não é esta paz humana que precede a guerra, mas uma paz verdadeira que vem da ressurreição, da vitória da vida sobre a morte. Uma Paz que nesta vida não dispensa o sofrimento, mas infunde coragem para enfrentar sem medo a luta para conservar a fé em Deus.

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