quarta-feira, 15 de maio de 2013

Novena de Pentecostes - 6º Dia

Espírito Santo, dom de Deus

Introdução 

Vinde, Espírito Santo, 
Enchei os corações dos vossos fiéis E acendei neles o fogo do vosso amor Enviai o vosso Espírito e tudo será criado E renovareis a face da terra Oremos: Deus, que instruístes o coração dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo: fazei com que apreciemos retamente todas as coisas, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso, Amém. 

Oração

Vinde, Espírito Santo e enviai-nos do alto do céu, um raio da vossa luz! 
Vinde, Pai dos pobres, vinde, fonte de todos os dons, vinde, luz dos 
corações! 
Consolador magnífico! Doce hóspede da alma! Doce reconforto! 
Sois repouso para o nosso trabalho, calmante para as nossas paixões, 
lenitivo para as nossas lágrimas! 
Ó luz da felicidade, inundai plenamente os corações dos vossos fiéis! 
Sem o vosso auxílio, nada pode o homem, nada produz de bom! 
Lavai as nossas manchas! Banhai a nossa aridez! Sarai as nossas 
feridas! 
Dobrai a nossa dureza! Aquecei a nossa fraqueza! Retificai os nossos 
erros! 
Dai aos vossos fiéis, que em vós confiam, os sete dons sagrados! 
Dai-nos o mérito da virtude! Dai-nos o troféu da salvação! Dai-nos a 
alegria eterna! 
Amém! Aleluia!

Leitura Bíblica



Leitura da Carta de Paulo aos Romanos, capítulo 5, versículos de 1 a 5.

Reflexão Catequética 

Dizia o Evangelho de João, na leitura que vimos em nosso encontro anterior (Jo 7, 37- 9), que o “Espírito ainda não tinha sido dado porque Jesus não tinha ainda sido glorificado.”
Depois da catequese sobre o Espírito Santo - também já vista por nós (capítulos 14, 15 e 16 de São João) - , Jesus se dirige ao Pai em oração e pede que seja removida essa barreira: “Pai, é chegada a hora: glorifica o teu Filho, para que o teu Filho possa glorificar-te...” (Jo 17, 1). E nós sabemos em que consiste a glorificação de Jesus, descrita nos capítulos seguintes (18 e 19): prisão, julgamento, paixão, morte e ressurreição!
Após esses fatos (capítulo 20), naquele que é considerado o “Pentecostes apostólico”, já vemos os efeitos da glorificação de Jesus: embora as portas estivessem fechadas, Jesus aparece no meio deles, mostra-lhes suas chagas gloriosas, deseja-lhes a paz, sopra sobre eles (retomando uma imagem do Espírito muito conhecida deles,o ruah) e diz: “Recebam o Espírito Santo! ( Jo 20, 19-21). Como a dizer: “Sim, recebam-no; agora Ele pode ser dado (como Eu vos disse!), agora Ele é dom para vocês...”
Na outra descrição de Pentecostes registrada por Lucas (Atos 1 e 2), temos outras evidências do novo modo de o Espírito Santo estar presente. Jesus, já ressuscitado e prestes a ascender aos céus (glorificado, portanto), instrui os apóstolos a aguardarem em Jerusalém, pois agora iria se cumprir-se a promessa do Pai. “Vocês vão receber o poder do Espírito Santo, que virá até vós” (cf. At 1,8), dizia. Na seqüência, acontece o prometido. Os apóstolos, com Maria e algumas outras mulheres, estavam em oração no Cenáculo quando um vento impetuoso tomou conta do lugar, e umas como que línguas de fogo pousaram sobre eles, que logo começaram a se expressar com manifestações carismáticas, “falando em diferentes línguas conforme o Espírito lhes concedia que falassem.” E sendo entendidos por “pessoas de diferentes línguas e nações” (cf. Atos 1,12- 14, Atos 2, 1ss).
Quando o povo, atônito com aquela manifestação espiritual, pergunta a Pedro o que fazer, ele diz: “Arrependam-se, sejam batizados em nome de Jesus para o perdão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo; pois a promessa que foi feita a respeito dele é para vós, para vossos filhos e para todos aqueles que estão distantes, e que Deus está chamando a Ele,” (cf. Atos 2, 37-39)
Cumpriu-se a promessa. Com Jesus glorificado, o Espírito é dado para todos os que ouvem o chamado do Senhor nosso Deus. O Pai e o Filho - como doadores - se doam a nós na Pessoa do Espírito Santo. Ele é uma Pessoa-dom, para nós de agora em diante. Inicia-se aí, em Pentecostes, uma possibilidade de relacionamento com Deus, no Espírito Santo, como nunca fora possível antes. Privilégio dos tempos messiânicos, privilégio nosso.
Agora o Espírito se doa a todos, vem para estar em nós (“Acaso não sabeis que sois templo do Espírito?”, cf. 1Cor 3, 16), vem para estar “eternamente conosco” (cf. Jo 14, 16), como Pessoa divina ( e não como uma coisa!), de modo não apenas natural mas, pela graça dos sacramentos, de um modo que supera admiravelmente a nossa natureza humana (cf. 1Cor 2, 4-5.10-14). E nosso Catecismo da Igreja Católica nos confirma: “O Espírito Santo está em ação com o Pai e o Filho do inicio até a consumação do Projeto da nossa Salvação. Mas é nos ‘últimos tempos’, inaugurados pela Encarnação redentora do Filho, que Ele é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa.” (n.686). Buscar, pois, ter para com a Pessoa Divina do Espírito Santo um relacionamento pessoal íntimo, é corresponder aos dom (ao presente) que Deus faz de Si mesmo, a nós, em Pentecostes.

Há como recusar isso?!


Oração Final

Louvor a ti, Senhor poderoso, Espírito consolador; generoso dispensador de todos os bens, igual ao Pai e ao Filho, a ti a glória e a soberania.
És a Luz e portador da luz. Ès bondade de fonte de toda a bondade.
És o Espírito que forma profetas e suscita apóstolos.
Dás a vitória aos mártires e poder aos confessores.
Tornas inteligentes os que te procuram, orientas os que estão sem destino,
consolas os tristes e fortaleces os fracos, cuidas dos feridos, ergues os que caíram, dás coragem aos que têm medo, acalmas os violentos, abrandas os corações endurecidos, confirmas os fiéis e resguardas os que crêem.
Eu te suplico, Espírito consolador, desce ao templo do meu coração, como descestes à sala do cenáculo, testemunha da santa ceia.
Vivifica-me com teus dons benfazejos, abrasa-me o coração com o fogo do teu amor, concede-me tua sabedoria eterna,
e que tua luz resplandecente me purifique o coração.
Que eu te conheça com verdadeiro discernimento, tu que reinas com o Pai e o Filho. Guia-me para que te glorifique e te adore com toda pureza, amor e obediência.Com o Pai de quem procedes e com o Filho de quem recebes, agora e sempre. Espírito Santo vem rezar em mim.




Benção Final 

Assim como nos reunimos em vosso nome, ó Divino Espírito Santo concedei-nos, por vosso amor, a graça de permanecermos sempre unidos na justiça evangélica e na solidariedade fraterna. Que nunca nos esqueçamos e nos afastemos de vós, e alcancemos juntos a verdadeira e eterna felicidade. E que esteja sobre nós, sobre nossos amigos e familiares, sobre nossos intercessores e colaboradores, bem como sobre 
todos aqueles com quem ainda não vivenciamos a plena comunhão e caridade, a benção do Deus único e todo poderoso que é Pai, Filho e Espírito Santo. 
Amém

VENI CREATOR
Vem, Espírito Criador, visita o espírito dos que são teus. 
Enche de graça e de esplendor os corações que tu mesmo criaste. 
Nós te chamamos o Defensor, dom de Deus altíssimo. 
fonte viva, fogo, amor e unção da graça. 
Tu nos ofereces os sete dons, Tu és o dedo da mão de Deus, 
a verídica promessa do Pai: Tu inspiras nossa voz. 
Abrasa-nos em tua luz, enche nossos corações. 
O que é fragilidade em nosso corpo revigora com teu vigor. 
Afasta para longe de nós o inimigo. Desde agora dá-nos a paz. 
Sê nosso guia no caminho para que possamos evitar todo mal. 
Dá que conheçamos o Pai, revela-nos o filho, 
Tu és o Espírito do Pai e do filho. Que sempre creiamos em Ti!

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