Sabe-se que durante o tempo da Páscoa a Igreja se deixa encontrar por seu senhor e busca contemplá-lo e reconhecê-lo mediante os mesmos gestos que ele já realizava enquanto estava em sua companhia. A liturgia celebrada nos dá acesso a estes gestos de maneira que permaneçamos unidos a Jesus corporalmente, assumindo na história humana o posto de sacramento daquele que Morto-Ressuscitado.
Assim, o terceiro domingo de Páscoa orienta-nos à experiência da companhia do Ressuscitado que se manifesta em meio aos discípulos as margens do mar da Galileia durante o trabalho sem êxito após noite escura e “redes vazias”.
Vemos que só a presença e a palavra do ressuscitado tornam possíveis uma pesca abundante e a partilha alegre, numa refeição com pão e peixe que Ele mesmo oferece aos discípulos, já cansados do insucesso.
Celebramos a páscoa de Jesus que hoje acontece também nas pessoas, grupos e comunidades, que ajudam a criar laços de comunhão e solidariedade.
Na celebração de hoje o Senhor nos convida para a refeição, em que Ele se dá como Pão da Vida e nos faz retomar o caminho com ele, com nova disposição. Que nossos olhos se abram para percebermos sua presença amorosa em nossas lutas, cansativos trabalhos e aparentes fracassos, nos permitindo repetir com nossa vida e missão, a confissão de Pedro: ‘Senhor, tu sabes que eu te amo.”
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