Deus nos dá um presente, que é a graça, e infelizmente muitas vezes a jogamos fora. A Graça de Deus não é merecida, mas dada. Ela deve, porém, ser correspondida, e correspondida ao longo de toda a vida. Assim a Salvação é algo que, como dizia São Paulo, “Operamos no temor e no tremor” um Dom gratuito, continuamente aceito e acolhido, ou sucessivamente rejeitado e buscado. Neste sentido a Salvação é um ato contínuo.
Se somos Salvos, esta salvação vem pelo Sacrifício de Cristo na cruz, não pela Ressurreição. Por sua Ressurreição ele nos mostra o que podemos esperar, ele nos mostra o prêmio aos que, como dizia São Paulo, “Chegam ao fim da corrida”. Mas não é pela Ressurreição que somos salvos, e sim pela Cruz.
O Protestante diz que não precisa ver Jesus na Cruz, ele merece toda Glória, todo louvor, pois agora está ao lado do Pai, na Glória, e não mais na Cruz. Que dizer a respeito? Sem sombra de dúvida, Jesus está ao lado do Pai, na Glória mas por ter estado na Cruz, estaremos um dia nós também, queira Deus, na Glória face a face com ele, se aceitar-mos também nossa Cruz, a exemplo dele quando nos disse para tomarmos nossas Cruzes e segui-lo.
Ver o Cristo Ressurecto sem ver o Cristo na Cruz é ver o prêmio sem a corrida, é ver o pagamento sem ver o trabalho, é ver em suma o efeito sem ver como a ele se chega. Não basta crer e aceitar Jesus Cristo como Salvador, é preciso viver a Fé, e vivê-la em Santidade. Daí a exigência dos Mandamentos. Daí os Sacramentos. Daí a moral que a Igreja ensina.
Dizer que crê em Jesus Cristo e será salvo, é continuar vivendo vida injusta ou dissoluta, é mentir à própria consciência. É preciso viver a Santidade, Humildade, Mansidão, Perdão das ofensas, fuga de toda a corrupção; numa palavra, semelhança com Cristo e prática do Sermão das Bem-Aventuranças.
Paz e Fogo!
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